A atividade agrícola brasileira possui importância socioeconômica indiscutível. Além de gerar renda, a agricultura alimenta, não somente a população brasileira, mas, também, desempenha importância ímpar no quesito da segurança alimentar mundial.
De acordo com o livro “Agro é Paz”, organizado e conduzido pelo Dr. Roberto Rodrigues, atualmente, coordenado do Centro de Agronegócio, da Escola de Economia de São Paulo (EESP/FGV), citando estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2017), indica que a produção brasileira deverá aumentar cerca de 41%, até 2050, a fim de garantir alimento para todo o mundo. Este incremento é muito maior, por exemplo, que o avanço de outras nações: Estados Unidos da América (+ 10%), União Europeia (+ 12%), entre outros.
Afunilando um pouco mais os avanços, em uma janela de pouco menos de dez anos, o livro traz consigo contribuições riquíssimas quanto à produção de grãos. Prevê-se que, para a safra de 2029/2030, o Brasil produza 308,51 milhões de toneladas de grãos, valor 16,11% superior ao estimado pela CONAB em seu 6º levantamento à safra de grãos (fev/2022). Entretanto, este crescimento não virá do uso de áreas, cuja previsão é que se alcancem mais de 73 milhões de hectares na safra 2029/2030, frente aos mais de 72 milhões de hectares estimados pela CONAB (fev/2022), mas, sim, da produtividade, cujo salto deve ser de, aproximadamente, 15%.
Para tratar de avanços de produtividade, no entanto, é preciso, anteriormente, falar de algo muito importante: instrumentos de manutenção de renda no campo. A presença de linhas de financiamento é, e continuará sendo, um amplo catalisador da importância brasileira no quesito “segurança alimentar”, contudo, o mercado produtor demanda mais!
O seguro rural, mais precisamente tratado ao longo do texto, o seguro agrícola, apresenta-se como um dos principais mecanismos de gerenciamento e gestão de riscos das propriedades agrícolas brasileiras. As percepções de riscos por parte das fazendas têm ficado cada vez mais evidentes: oscilações de mercado, trazendo entraves de margem ao produtor e à produtora, além dos sucessivos eventos climáticos enfrentados no campo.
Esta popularização do seguro agrícola fica mais evidente ao se avaliar a evolução dos prêmios pagos, de acordo com os dados do “Sistema de Estatísticas”, da Superintendência de Seguros Privados (SES/SUSEP).
Evolução dos prêmios de seguro – total versus agrícola (de jan/2003 a jan/2022)
Enquanto a evolução média mensal no valor pago nos prêmios totais de seguro, no intervalo analisado, foi de 0,72% a.m., o avanço no ramo agrícola foi de 63,30% a.m. Este crescimento no valor pago de prêmios de seguro agrícolas se reflete na participação do ramo no total recebido pelas instituições, que, entre janeiro de 2003 e janeiro de 2022, cresceu mais do que 81 vezes.
Para refletir sobre estes avanços, pode-se destacar a comparação entre a sinistralidade, ou seja, a razão entre o valor pago por sinistro e o valor recebido pelo prêmio, total e a observada no ramo agrícola. Enquanto a média entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022 ao total do setor girou em torno de 47%, o seguro agrícola observou uma média de, aproximadamente, 222%, sendo que aquela observada em dez/2021 foi a maior de todo o histórico (mais do que 30% maior do que o segundo colocado).
Como já compartilhado ao longo do texto, estes altos valores de sinistralidade são fruto de uma conjunção de valores, muitas vezes particulares, que afetam em demasia o dia a dia do campo e, consequentemente, os negócios de seguro.
Evolução da sinistralidade – total versus agrícola (de jan/2021 a jan/2022)
Cientes desta realidade, a IMBR Agro entrega ao setor de seguros e resseguros uma poderosa ferramenta para auxiliar estas instituições em processos: atuariais, de subscrição e de monitoramento. Com a proposta de ser uma gestora de riscos baseada em ciência de dados, a startup tem em seu software, a “Interactive Risk Information System” – I.R.I.S –, e em sua API um HUB completo de informações e conhecimento sobre o risco de se produzir e comercializar uma série de culturas agrícolas em qualquer lugar de Brasil.
Com base na tecnologia da IMBR Agro, empresas que atuam com o seguro agrícola passam a contar com métricas avançadas de avaliação de apólices, tornando seus processos de subscrição mais ágeis e assertivos, além de contarem com uma poderosa ferramenta de clusterização de carteiras, o IMBR! Em outras palavras, a partir da tecnologia da IMBR Agro, é possível, agora, estruturar melhor o risco estimado das operações da instituição, visando melhorar o desempenho da carteira com transparência e governança.
Com tecnologia é possível captar dados que denotam a realidade do campo, transformando-os em informações para sua conversão futura em conhecimento. Esses são os pilares de atuação da IMBR Agro para que o seguro passe por uma revolução da avaliação massificada e personalizada das apólices negociadas.