Quem não gostaria de prever o futuro? Quem não se interessaria em saber exatamente o que vai acontecer para, dessa forma, traçar as melhores estratégias premeditadamente? Em outras palavras, quem não gostaria de se planejar com antecedência tendo certeza dos eventos que nos aguardam?
O ser humano convive com estas dúvidas desde os primórdios de sua existência e, para buscar algumas respostas, tem evoluído, e muito, no desenvolvimento de métricas e métodos aplicados à previsão de eventos. Mas sobre esta palavra, quase mágica, “previsão”, alguns adendos devem ser feitos.
O conceito de se prever algo se assemelha a um prognóstico de certa situação, ou seja, através de sinais, premeditadamente ter indícios do que vai acontecer. E note que esta especialidade pode ser desempenhada por uma série de profissionais: meteorologistas, ao avaliarem o movimento atmosférico via imagens de satélite; analistas financeiros técnicos, por meio da evolução dos preços dos ativos; e, porque não, astrólogos, dentre outros profissionais com certo dom.
Independentemente de qual seja a especialidade do profissional, uma coisa é clara, toda e qualquer previsão passa pela análise de indícios de eventos. De outro modo, o estudo do passado, para se entender o presente, gera, com clareza, boas inferências sobre o futuro. E é sobre estes pilares que a IMBR Agro, uma gestora de riscos rurais, apoia-se para entregar valor às empresas parceiras.
Infelizmente, o time da IMBR Agro não nasceu com o dom de prever o futuro, mas, sim, com a ambição de dar luz aos possíveis eventos futuros, entregando tranquilidade às instituições parceiras. Para tanto, seu ferramental mais forte passa pela estatística, quer dizer, pelo entendimento de probabilidades, a fim de explicar a frequência da ocorrência de eventos.
Dentro desta senda, a IMBR Agro visa se subsidiar, para maximizar a sua entrega de valor, das duas vertentes da ciência estatística: tanto da descritiva, a fim de converter dados em informações, como o IMBR, score de risco da startup, quanto da inferencial, a fim de convertes estas informações em conhecimento, já que extrai conclusões dos fatos observados sobre o futuro. É sobre este pilar inferencial que iremos conduzir a segunda parte deste artigo, já que o foco está em explicar de que forma a IMBR Agro traça suas previsões!
Prevendo a evolução de cultura agrícolas
Cravar o valor da produtividade agrícola ao final de um ciclo, de fato, é um sonho para qualquer instituição, seja dentro, seja fora da porteira de uma propriedade rural. Entretanto, é necessário preconizar que este processo dependeria, dentre infinitos fatores (trata-se de um ser vivo), de diversas outras previsões, como por exemplo, as agroclimáticas. Sendo assim, um processo clássico de previsão, apesar de extremamente robusto, poderia trazer erros não tão robustos às análises e, por conseguinte, invalidá-las.
Nesse caso, não se contentando com as dificuldades postas, a IMBR Agro desenvolve seu pilar preditivo se apoiando em um dos ramos da inferência estatística: o da Inferência Bayesiana. A Inferência Bayesiana parte do Teorema de Bayes, associado à teoria das probabilidades, o qual, de forma simples e direta, infere a probabilidade de um evento ocorrer baseado em conhecimentos vinculados a este evento.
O objetivo da IMBR Agro com a Inferência Bayesiana é o de avaliar a probabilidade de quebra de safra, a partir de um gatilho, baseada no dia a dia da cultura no solo. Para isso, associa-se a esta robusta técnica estatística o algoritmo de balanço hídrico sequencial desenvolvido pela startup.
Desse modo, tomando como base inicial o desenvolvimento histórico diário da cultura agrícola analisada no local de interesse, a IMBR Agro é capaz de traçar uma distribuição de probabilidades denominada priori, já que tais eventos já ocorreram. Na sequência, a startup utiliza o dia a dia da semente no solo para comparar seu desenvolvimento atual com o que já aconteceu no passado, sendo assim, tem-se bons indícios sobre a saúde da lavoura. Para que esta comparação ocorra, o método aplicado é o da Verossimilhança. Depois de associar os elementos a serem previstos, ou seja, o dia a dia do desenvolvimento da lavoura corrente, ao quê já aconteceu, quer dizer, a distribuição de probabilidades priori, a IMBR Agro é capaz de traçar a distribuição posteriori, que está relacionada à previsão do evento de interesse!
Não é um trabalho simples, mas, no fim do dia, a IMBR Agro é capaz de entregar às instituições parceiras, dado o desenvolvimento diário da lavoura, qual é a probabilidade desta, ao final do seu ciclo, estar abaixo de um gatilho de interesse. Em outras palavras, oferta-se uma previsão que se autocorrige, para que a tomada de decisão seja feita com antecedência, transparência e eficiência.